ITAQUAQUECETUBA
Itaquaquecetuba, fundada em 1560, pelo venerável Pe. José de Anchieta comemora no dia 8 de setembro de 1560 sua fundação. Seu nome tirado do ribeirão hoje chamado Tipóia, segundo diz o doutor João Mendes de Almeida no seu precioso dicionário geográfico da província de São Paulo, é corruptela de ITA (pedra) AQUA (esquina-ponta), formando YTA-AQUA penhasco, esquina ou ponta de pedra, QUECE (o mesmo que rahi) por causa, TIU (bojar, fazer enseada ou volta convexa, transbordar) BAE, (breve) para formar particípio, significando (o que). Alusivo a fazer um grande alagadiço ou banhado, porque forçado o ribeirão Itaquaquecetuba a desaguar no rio Tietê, quase do encontro ao curso deste, por causa de um penhasco triangular que existe próximo a sua foz operando-se assim impedimento as suas águas, estas são detidas e transbordam.Com referência a um taquaral que existia entre o banhado e o penhasco margeando o ribeirão o nome é Y–TAQUAQUECE–TUB–A, (lugar de taquaras sucessivas). De Y, relativo, TAQUA, (cana oca), isto é, TA, (espiga), QUA, (buraco, furo), QUECE (sucessivamente), TUB (lugar das coisas), com o acréscimo de A (breve) por acabar em consoante. De José de Anchieta a Dom Schwager.Segundo diz o reverendo Pe. Antão Jorge, teria sido Itaquaquecetuba construída pelo Pe. José de Anchieta ou pelos índios Guaianases, esclarecendo que por não ter encontrado nos livros antigos da paróquia notícias históricas, compilou a pedido do vigário, o reverendo Pe. José Francisco a história dessa freguesia.Se seguirmos a tradição foi Itaquaquecetuba fundada pelo venerável Pe. José de Anchieta. Verdade é que este santo missionário fundou 11 aldeias em redor de São Paulo que espiritualmente foram administradas pelos zelosos padres jesuítas. Em conseqüência de uma epidemia em 1563, cinco aldeias entre elas a de Guarapiranga, situada entre a capital de São Paulo e a Penha foram dissolvidas. Os moradores desta aldeia foram primeiro à aldeia de Carapicuíba e de lá à de Itaquaquecetuba. Se estes índios já encontraram uma aldeia formada pelo Pe. Anchieta ou se eles foram os fundadores é incerto. Para centralizar mais a catequese dos índios, os aldeados de Itaquaquecetuba foram por alvará real e por ordem do capitão e procurador dos índios, Fernão Dias Paes Leme, transferidos para São Miguel, onde pouco antes, em 1622 tinha sido inaugurada a nova igreja. Nas terras da aldeia fundou, o venerável paulista Pe. João Álvares, uma propriedade sua que talvez fosse um presente do governo por ter ele contribuído eficazmente para as igrejas de São Miguel e de Conceição de Guarulhos. Aí construiu a primeira capela sob a invocação de Nossa Senhora D’Ajuda, no ano de 1624. Por sua morte legou tudo aos padres do Colégio Santo Inácio em São Paulo, tendo estes construído uma pequena residência junto à igreja onde dirigiram durante um século a vida religiosa da aldeia e da sua vizinhança. Desgostos com os oficiais da Câmara de São Paulo, que na aldeia de São Miguel só criaram dificuldades aos padres, retiraram-se os padres jesuítas para fazenda de Nossa Senhora D’Ajuda, levando para aí os índios como domésticos, onde poderiam com mais liberdade trabalhar em favor da sua catequese. Em 1611, passou a aldeia de Itaquaquecetuba para a administração da nova vila de Mogi das Cruzes até 19 de janeiro de 1759, os padres jesuítas formaram a freguesia e embelezaram a sua igreja. Durante algum tempo catequizou aí o Pe. Belchior de Pontes, desenvolvendo obra notável.
Itaquaquecetuba, fundada em 1560, pelo venerável Pe. José de Anchieta comemora no dia 8 de setembro de 1560 sua fundação. Seu nome tirado do ribeirão hoje chamado Tipóia, segundo diz o doutor João Mendes de Almeida no seu precioso dicionário geográfico da província de São Paulo, é corruptela de ITA (pedra) AQUA (esquina-ponta), formando YTA-AQUA penhasco, esquina ou ponta de pedra, QUECE (o mesmo que rahi) por causa, TIU (bojar, fazer enseada ou volta convexa, transbordar) BAE, (breve) para formar particípio, significando (o que). Alusivo a fazer um grande alagadiço ou banhado, porque forçado o ribeirão Itaquaquecetuba a desaguar no rio Tietê, quase do encontro ao curso deste, por causa de um penhasco triangular que existe próximo a sua foz operando-se assim impedimento as suas águas, estas são detidas e transbordam.Com referência a um taquaral que existia entre o banhado e o penhasco margeando o ribeirão o nome é Y–TAQUAQUECE–TUB–A, (lugar de taquaras sucessivas). De Y, relativo, TAQUA, (cana oca), isto é, TA, (espiga), QUA, (buraco, furo), QUECE (sucessivamente), TUB (lugar das coisas), com o acréscimo de A (breve) por acabar em consoante. De José de Anchieta a Dom Schwager.Segundo diz o reverendo Pe. Antão Jorge, teria sido Itaquaquecetuba construída pelo Pe. José de Anchieta ou pelos índios Guaianases, esclarecendo que por não ter encontrado nos livros antigos da paróquia notícias históricas, compilou a pedido do vigário, o reverendo Pe. José Francisco a história dessa freguesia.Se seguirmos a tradição foi Itaquaquecetuba fundada pelo venerável Pe. José de Anchieta. Verdade é que este santo missionário fundou 11 aldeias em redor de São Paulo que espiritualmente foram administradas pelos zelosos padres jesuítas. Em conseqüência de uma epidemia em 1563, cinco aldeias entre elas a de Guarapiranga, situada entre a capital de São Paulo e a Penha foram dissolvidas. Os moradores desta aldeia foram primeiro à aldeia de Carapicuíba e de lá à de Itaquaquecetuba. Se estes índios já encontraram uma aldeia formada pelo Pe. Anchieta ou se eles foram os fundadores é incerto. Para centralizar mais a catequese dos índios, os aldeados de Itaquaquecetuba foram por alvará real e por ordem do capitão e procurador dos índios, Fernão Dias Paes Leme, transferidos para São Miguel, onde pouco antes, em 1622 tinha sido inaugurada a nova igreja. Nas terras da aldeia fundou, o venerável paulista Pe. João Álvares, uma propriedade sua que talvez fosse um presente do governo por ter ele contribuído eficazmente para as igrejas de São Miguel e de Conceição de Guarulhos. Aí construiu a primeira capela sob a invocação de Nossa Senhora D’Ajuda, no ano de 1624. Por sua morte legou tudo aos padres do Colégio Santo Inácio em São Paulo, tendo estes construído uma pequena residência junto à igreja onde dirigiram durante um século a vida religiosa da aldeia e da sua vizinhança. Desgostos com os oficiais da Câmara de São Paulo, que na aldeia de São Miguel só criaram dificuldades aos padres, retiraram-se os padres jesuítas para fazenda de Nossa Senhora D’Ajuda, levando para aí os índios como domésticos, onde poderiam com mais liberdade trabalhar em favor da sua catequese. Em 1611, passou a aldeia de Itaquaquecetuba para a administração da nova vila de Mogi das Cruzes até 19 de janeiro de 1759, os padres jesuítas formaram a freguesia e embelezaram a sua igreja. Durante algum tempo catequizou aí o Pe. Belchior de Pontes, desenvolvendo obra notável.
Texto de Gentil de Moraes Passos
Prefeitura de Itaquaquecetuba
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